"Para de olhar para mim,
se a ti beijar tu não sentes,
no beijo marginal que tu me mentes,
notar eu a rua que me perdi.
Não posso tocar um gesto,
que nas tuas mãos se esguia,
um sentimento em caligrafia,
se levanta o frio de um protesto.
Apague-se os passos sangrentos,
que tropeçam na sombra de um caminho,
arrastam-se esfolados devagarinho,
tão emancipados e isentos..."
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