terça-feira, 18 de dezembro de 2007

E hojé é assim:

"Ooh, I been dirt And I don't care
Ooh, I been dirt And I don't care
Cause I'm burning inside I'm just a yearning inside And I'm the fire o' life
Ooh, I've been hurt And I don't care
Ooh, I've been hurt And I don't care Cause I'm burning inside I'm just a dreaming this life
And do you feel it? Said do you feel it when you touch me? Said do you feel it when you touch me?
There's a fireWell, it's a fire
It was just a burning Yeah, alright
Ooh!Burning inside Burning
Just a dreaming Just a dreaming It was just a dreaming It was just a dreaming
Play it for me, babe, with love!"

terça-feira, 27 de novembro de 2007

terça-feira, 20 de novembro de 2007

MARILYN MANSON

"Don't break Don't break my heart
And I won't break your heart-shaped glasses
Little girl, little girl You should close your eyes That blue is getting me high
And making me low
That blue is getting me high
And making me low"

MARILYN MANSON

"No shadows,
No reflections here. Lying cheek to cheek. In your cold embrace. So soft and so tragic
As a slaughterhouse. You press the knifeAgainst your heart. And say,"I love you, so much you must kill me now."

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Adolfo Luxúria Canibal.

"(...) Vi pedaços de mim estilhaçados pueris que se suicidavam na docilidade quando queriam era viverque se guerreavam entre si em batalhas incompreensíveis para não agredirem o mundo que sofriam em silêncio sem uma ponta de revolta sequer porque queriam terminar com o sofrimento que já fartos se encheram de rock & roll e cuspiram nihilismo que impossibilitados da aventura e da vida decidiram a vingança como última esperança de gozo/ Vi-me por fim mergulhado nesta indiferença cultivando o isolamento num saciar de prazeres há muito esquecidos"

terça-feira, 6 de novembro de 2007

sexta-feira, 2 de novembro de 2007


et quand tu n'es pas ici

je reve que je dors.

je reve que je reve

soupir dans ton coeur.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Moonage Daydream - DAVID BOWIE

"I'm an alligator, I'm a mama-papa coming for you.
I'm the space invader, I'll be a rock 'n' rollin' bitch for you.
Keep your mouth shut, you're squawking like a pink monkey bird. And I'm busting up my brains for the words.
Keep your 'lectric eye on me babe. Put your ray gun to my head. Press your space face close to mine, love.
Freak out in a moonage daydream oh yeah!
Don't fake it baby, lay the real thing on me.
The church of man, love. Is such a holy place to be.
Make me baby, make me know you really care.
Make me jump into the air.
Keep your 'lectric eye on me babe. Put your ray gun to my head. Press your space face close to mine, love.
Freak out in a moonage daydream oh yeah!
Freak out, far out, in out"

domingo, 21 de outubro de 2007

Pétalas negras ardem nos teus olhos.

"Sabemos que o tempo passou
Que alguma coisa deveria ter sido dita
(talvez depois, talvez mais tarde)
Deixamos atrás de nós
Uma sequência desconexa de gestos irreparáveis
E, feridos,
Por todas as coisas
que deveríamos ter evitado a nós próprios
Caminhamos para o silêncio
E para a escuridão indefinível dos bosques."


[LF]

Pétalas negras ardem nos teus olhos.

"Entende
Não tenho braços que te ergam
Desse corpo arruinado."

[LF]

Pétalas negras ardem nos teus olhos.

"Não te demores no meu rosto
Habita-o uma despedida
Um mundo de onde Deus se ausentou."

[LF]

quinta-feira, 18 de outubro de 2007


Lembro-me de ter ido para junto do arame farpado, sozinho, num sofrimento imenso, e diante de mim, o rio, a mata, a infinita paisagem da minha dor, vêm-me à cabeça, como num vómito instantâneo.

O coração num pingo.

E a expressão "foda-se" tão baixinho que o mundo inteiro ouviu.

domingo, 15 de julho de 2007

"Hoje o mar sou eu"

E voltar a acreditar é essencial.
Quando no ruído perturbador te sentes sózinho. Quando no ruído perturbador consegues encontrar o silêncio e estar em silêncio. Quando o bater do coração é o ruído perturbador.

(fragmentos num bar de jazz, situado em nenhures da baixa de Lisboa. Onde o ruído se adensa e a respiração descompassada me deixa tensa.)


(escrito a 8 de Julho de 2007)

domingo, 8 de julho de 2007

- Por que tenho eu arranhões se os meus gatos são meigos?
- Por que tiramos as luvas?...
- Por que teimamos acreditar.

sábado, 7 de julho de 2007

terça-feira, 12 de junho de 2007

Queria dizer tantas coisas...que ficaram por dizer. Queria ser capaz de quebrar este silêncio que se entrenhou e agora...e agora é tão dificil...
Tenho medo. Tenho medo que ao quebrar o silêncio tudo se desvaneça, ou então que só diga o que não quero realmente.
Queria olhar-te e perceber. Mas também tenho medo.

(espero que não compreendas)

domingo, 3 de junho de 2007

O sangue dos outros

"...despertavam recordações mais antiga (...); libertavam os segredos de uma margem rasgada (...). Essas estátuas sem rosto, esses homens transformados em sal, esses lugares queimados pelo fogo da morte, esses oceanos congelados na imobilidade do instante puro, eram as figuras inúmeras da AUSÊNCIA. E enquanto contemplavámos este universo sem testemunhas, parecia que estávamos ausentes de nós próprios, descansados, fora da nossa própria história numa eternidade vazia e branca."

E tudo porque tu continuas aí, "na luz selvagem da tua morte."

domingo, 20 de maio de 2007

Escarlate

Crepúsculos escarlates, cor sangue, anunciando mortes há muito esperadas.
Quero fugir. Dissipar-me e deixar a mancha escarlate sobre a cama, ou nas ruas desta cidade visceral, dilacerante, amarga.
Tentar respirar nesta podridão.

domingo, 22 de abril de 2007

The Fragile*

Tenho que postar isto:

"she shines in a world full of ugliness she matters when everything is meaningless
fragile she doesn't see her beauty she tries to get away sometimes it's just that nothing seems worth saving I can't watch her slip away
I won't let you fall apart
she reads the minds of all the people as they pass her by hoping someone can see if I could fix myseld I'd - but it's too late for me
I wont let you fall apart
we'll find the perfect place to go where we can run and hide
I'll build a wall and we can keep them on the other side...but they keep waiting...and picking...it's something I have to do I was there, too before everyhting else I was like you."

"Life on loops"

Os teus gestos não condizem com o som que sai da tua boca.
A tua violência que me arrastou contra o chão, contra a parede, marcou-me o rosto e o olhar.
O fogo, a praia, a vivacidade, o caos, o mar, a mão. O abraço forte e sem fim. Os corpos entrelaçados, as faíscas, a "primavera de destroços".
O silêncio. O infinito. O desassossego. O sorriso.
A noite. A música. O sentir sem pensar.
Quis beber até ao fim.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Transparência

"De Tudo o Que Olho Diariamente,A Certos Individuos Que Me Suscitam Uma Curiosidade,Não Uma Curiosidade De Uma Conversa Casual,Mas De Certo Modo Da Maneira Como As SuasFeições Se Exprimem,Como As Suas Conversas Se Movem Pelo o Espaço,e Que Eu Absorvo o Seu Movimento Pensando Tristemente Para Mim,Que Esses Individuos Nunca Tocaram a Alma,Que Apenas o São Por Fora,Longe Da Sensação,Longe Da Fisica Do Sentimento,Pois Nada Sofrem,Apenas o São e Vivem Claramente o Nada Que Representa a Vida.Contudo,Os Invejo,Sim,Invejo Porque Tem a Inconsciência De Sentir Sem Dar Por Isso,Nunca Terão a Angustia o Horror,Porque Tudo Isso é Momentâneo,e Momentâneo é NadaUma Transparência Profunda De Quem Apenas Vive Do Lado De fora Sem Dar Por Isso.Pois Eu Vivo No Desassossego De Sentir,De Eu Viver Por Dentro o Que Vejo Nas MinhasFérias De Lá De Fora,Porque Sou Um turista Observador Que Busca Descobrir a CulturaDe Viver Inconsciente..."

domingo, 15 de abril de 2007

Deixemo-nos ficar assim...fazer de conta que pode ser para sempre. Assim, em silêncio, sem pedir mais nada.
Deixemo-nos ficar apenas. Sem medo, sem pressa, sabendo sem sofrer que virá o tempo de um de nós pegar noutra mão que se estenda ao passar.
E eu ainda tonta, sem saber se te pertenço ou a quem por mim passou, ainda de paredes cobertas de retratos envelhecidos de felicidades fugidas, ainda com o passado entrenhado em cada canto, deixo-me ir reticente, sem deixar ainda que me beijes na boca.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Dança perdida

Estive a dançar de olhos fechados o tempo todo.
Pergunto-me o que teremos nós feito aos crepúsculos mágicos que outrora víamos com um brilho no olhar...será que nos deixámos emudecer pela passagem atroz do tempo? E agora trago na garganta um sabor amargo e um som abafado.
Silêncio.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Repito: Porra! As fadas também morrem.
E se morrem é por que as asas se rasgam ou queimam, e elas caem no chão, como estilhaços.
É uma imagem que não me abandona.

sábado, 7 de abril de 2007

Recomeço

"Recomeço a partir de muito pouco,
nesta praia onde a areia, húmida e
sombria, erguida do sono,
se esvai por entre os meus dedos perdidos.
Recomeço a partir de uma única palavra,
de um ínfimo sinal que vi gravado nos
muros da tua cidade em ruínas.
Aí, nessa cal desaparecida,
vi, um dia, um pássaro imóvel, quase vivo,
com os olhos trespassados pela agulhas do
tempo,
inclinar-se e cair sobre as pedras mudas,
e esse pássaro eras tu,
ferida de morte,
afastando as lágrimas em vão."

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Porra!
As fadas também morrem.

"As noites mais puras. As noites em que amei o maior dos meus amores, aquele que nunca foi meu, aquele a quem nunca pertenci porque apenas me entreguei." (I.P.)

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Deambulações mentais

Aaha..chego agora à conclusão que irei passar a vida a tentar interpretar os meus fantasmas. Ou apenas até os encontros e desencontros, ressentimentos e breves euforias se tornarem num caos absurdo e pesado - num desperdício - e que eu não seja mais capaz (serei ainda?)...não deixa de ser um delicioso passatempo.
"Nós não podíamos prescindir um do outro. Não podíamos entrar no infinito jogo finito do corpo.
Derramei sobre a tua vida, por incontornáveis noites, os meus breves amores perfeitos, pormenor a pormenor. E tu derramaste sobre a minha as tua paixões impossíveis, impossíveis de apagar (...)" (I.P.)
Ou terá sido ao contrário? Mas isso pouco importa agora.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

O cenário, a melodia, a luz da vela, a noite lá fora, o vestido preto.
O olhar que levou ao beijo. O beijo que levou à carícia. A carícia que a arrastou para o chão. E de novo o olhar.
Fechou os olhos...levantou-se como se corressem atrás dela. Desceu as escadas a correr, com o olhar turvo e confuso. Parou no último degrau para limpar as lágrimas e não olhou para trás.
Já na rua, num chamado "mau bairro" lisboeta, quis esquecer. Ecoava o "não vás", que aos poucos se tornava ilusório e menos limpído, mas mortal.
Continuou a correr, com o ar frio da madrugada a rasgar-lhe o rosto. O corpo tremia, e ela quis esquecer.
"Porque te escolho, neste sussurro sem retorno?" I.P.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Cicatrizes...e do resto já pouco me lembro.
Sim, aos que perguntam, a culpa é do sumo de uva.
"Tudo Isto Um Gesto,E Mais Que Um Gesto Uma Eternidade..."
"No Dia Em Que Corri o Mundo,Trouxe No Pensamento,a Insónia Do Proprio..."
E eu perguntei "queres cair outra vez?", e ela, lavada em lágrimas, abanou a cabeça em sinal positivo.
Sentada no vão de umas escadas, numa rua escura e sem nome, disse que sim.
E já não era o vinho que falava, era a vontade violenta de abandonar a apatia extrema que a consumia.
O brilho nos olhos não era sinal de acreditar, era a lágrima que queria cair, mas não caía.
E quando lhe deram a mão para ela se levantar daquele vão de escadas, na rua sem nome, ela soube que não iria ter vontade nem força para se deixar ir ou sequer para fazer o gesto de sacudir algo que incomoda.
O "cair outra vez" é já tão mecânico.
"quem me leva os meus fantasmas, quem me salva desta espada."

domingo, 1 de abril de 2007

Quando pensas tu largar-me, sair-me da pele, deixar-me respirar? Dá-me um minuto, que seja, de paz, de sossego, de liberdade. Não me deixes na sombra.
Larga-me!

As tuas promessas foram mentiras e eu agarrei-as como verdades violentas e acreditei e quis...
E agora a corda bamba, a fuga, a queda permanente.
O deixar de acreditar.
Forma-se uma lágrima que o vento leva.
Ouve-se uma melodia que procura a lágrima, que nunca cai.
O silêncio, apenas.
Não há lugar onde possa ir. Não há lugar onde me possa esconder.
Porque todos os lugares que conheci estão agora diferentes.
Vejo-te.
Paisagens, melodias, rostos, cheiros. Vejo-te.
E tenho raiva e quero diluir-me. Ser invisível.
Solidão.
E tudo o que fui...desapareceu contigo. E nem olhaste para trás.
(E não quero que olhes para não veres no que me tornei.)
"O elevador é enorme, lento, um sarcófago de metal (...) que não inculca nenhum artifício de brevidade: pára em todos os andares, entra gente com um repertório que varia entre o silêncio contrito, o falar compungido, o choro sem voz, o susto esfarrapado, o medo de correr riscos, o receio de que aquele elevador, aqueles corredores sejam contagiosos; que o ar esteja infectado, contém um pouco a respiração, desejosos de chegar ao andar térreo, de atingir a rua, de apressar o passo e fugir dali, variando a ordem em que estiverem colocados. Benzem-se."

quinta-feira, 29 de março de 2007

"Solta-se Um Toque, Anatomicamente Perfeito, Há Vazio Suficiente Para Não Pensar Nisso, Porque Os Labios Beijam As Escuras, E no Sonho Íman... Desflora-se Revoluções Hormonais, Que Se Distribuem Em Inumeros Sentidos, Num Derradeiro Olhar Sublime, Como Quem Grita Por Dentro Sem Dar Por Isso..."

"A Paisagem Éfemera Do Nosso Amor, Que Nos Cega e Que Nos Cala, Uma Reunião De Gala, Sentimento Mudo Ensurdecedor, Duas Almas Porcelana, Vestes De Carne,Vestes Vida, Tão Claramente Em Nós Assumida, Num Pavio Esperança Que Nos Ilude e Esgana..."

"I want a lover I don't have to love/I want a boy who's so drunk he doesn't talk (...)"

- Mentira...mas vai acreditando e caindo e caindo e caindo.

"(...) a vaguear por entre as ruínas (...) arrastando o seu cadáver

E ninguém dizia nada O silêncio

Acompanhava o olhar vazio A dor (...)"


- "Falta só vir a morte", como grita Adolfo, sufocante e desencantado.

Ou serei eu?
- Qual circo...onde desfilam para mostrar aquilo que julgam só eles ter.

terça-feira, 27 de março de 2007

"Havia palavras,havia,
martelavam nas minhas veias,veneno encapuçado,
no enquanto das palavras surgia,
em derrame da tinta escalpado,


"Cianeto que me ama,
em folha ensopada,
liquido sensual que me chama,
de uma flor desabrochada,


"Surgia nas palavras,surgia apaixonada..."
"O Ar Que Instantâneamente Respiramos Para o Cérebro,
É o Mesmo Ar Que Nos Envenena A Alma..."
"Cá Dentro Há Um Buraco, O Buraco Do Desperdicio..."
Paisagem a perder de vista. Verde. Azul.
E o Tejo que nos persegue.

domingo, 18 de março de 2007

Dias a fio

"Eu ligo às datas. (...) Tenho a mania de dizer que sei gostar do passado, mesmo quando ele dói. (...) Vivo sempre suspenso entre o passado que recordo e o futuro que nunca mais chega. Se fosse rigorosamente assim, diria que tinha uma vida triste, sem nunca experimentar o prazer do presente, o sabor do sol que nasce (...). Não é verdade, eu vivo bem o presente - mas admito o equívoco desse olhar sobre o que passou, dada a ligação que mantenho e alimento, o culto da efeméride, a forma vibrante como falo do que foi bom de viver.
Há sempre duas datas numa só data. Não há um único mês em cada ano que não convoque boas novas e tristezas, lágrimas e sorrisos. O calendário pessoal é, nesta media, a riqueza que vou construindo todos os dias, acrescentando razões para as dores e as alegrias dos anos seguintes. (...) E não é passado, nem futuro - é o presente feito de tudo o que vivemos em todo o momento. Como cada ruga que se cola a nós assinalando o milagre de continuar a viver todos os dias. Dias a fio."

quinta-feira, 15 de março de 2007

Ligeira Irritação...

"Arranca-me Estes Olhos,Espeta-me O Que Detesto,Esbofeteia o Ávido Amor Que Sinto,Obriga-me a Carregar a Cruz,Desfaz o Meu Coração Ésteril,Cozinha o Meu Ventre,Bebe Da Minha Taça,Suga As Minhas Tripas,Transforma o Que Sou Para Vegetal,Calça-me Os Sapatos De Ferro,Deixa-me Sangrar Em Paz,e Regressa..."

segunda-feira, 5 de março de 2007

"Secam-me Os Dedos Sobre a Podre Ternura,
Seca-me o Abraço Que Devastou o Meu Ventre,
Enforquei o Feto,No Meu Coração Costura,
Enquanto Ele Cantava "o Ar Que Entre,Entre"

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

"Enquanto houver estrada para andar (...) enquanto houver ventos e mares a gente vai continuar." Jorge Palma*

O que faço eu aqui? Nada, a não ser escavar um poço fundo, tão fundo. Escavar até não haver luz, e depois não haver saída. Não encontrar a saída.

Viver o sonho e...e depois, cair.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Ausência

A ausência alastra em mim, esmagadora, violenta.
Não venhas...olha apenas para trás.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Na Gaveta

"Perdura-me o Cigarro Aceso,
De Luz Apagada,Coração Teso,
Nesta Dor Mastigada,Continuo Ileso,
Nesta Melancolia Triste e Castrada..."

Apneia

"Ao Respirar,Faço Da Vida Pequenos Movimentos..."

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

No Use For a Name

"As Minhas Saudades,Guardo-as No Canhão Do Revolver,
No GAtilho Trago As Minhas dores,
As Balas,Essas,São As Pessoas Que Conheçi,
Que Me Arrombaram a Porta Com Seus Dedos Manchados,
E Fizeram DA Minha Alma Uma Poçilga De Tristezas,
Dentro Do Cano Fica a Polvora Alegria,
Quando Disparo As Balas Cicatrizes.
Mas,Nunca Cai Por Terra Quando Me Suicido,
Porque Existem Mortos Com Descanço Eterno,e Outros,
Que Morrem Todos Os Dias..."

(Cheiro a Terra)

Calor


"AH!o calor dos teus labios ovais,
quando os beijo profundamente ao sabor da tua saliva,
nasce uma excitação nos meus sinais vitais,
e todo o meu corpo vira atomos dançantes de Shiva,

"Porque me relaxo no teu sangue venenoso,
e cá dentro de mim trago na minha maré,
embebedado estado de espirito vicioso,
até ao nascer do amanha so te amo a ti café,café..."
condenado quase à nascença, é o que surge com essa imagem.

Suicidio De Uma Nova Nascença


"Não Morras Agora Que Estão a Olhar Para Nós,
Se Juntares a Arma a Tua Testa,Ninguêm Dirá
Que Foi Uma Morte Cobarde...Tira a Arma Da
Nuca..."

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007



"Por vezes,Vou aos sitios velhos de minha casa,
Onde ninguêm mais visitou,e acordo o pó,
Que dorme a anos nas mobilias,E sinto-me Feliz,

"Por gostarem tanto das coisas velhas,
Que mais ninguêm liga,e fico ali,
Observando aquela simplicidade suja,

"Todos aqueles pequenos atomos,
Tão quietos transformarem-se numa paciente materia,E existem sem problemas em comunidade,

"Se fossem pessoas,estariam fugidos uns de outros,
E seriam coisas imcompreendiveis,
Porque o pó não se compreende,ele existe,

"Segue a sua Natureza,e fica contente,
Porque existe,por ser essa a sua unica missão,
Ele não sofre como nós,porque não tem ideias,

"Não se pergunta porque existe,
Desaparece sem sofrer e fazer essa pergunta,
E desaparece porque existiu..."


As falsas esperanças são piores que o fim do amor.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Paisagem...(João)


"A Paisagem Efémera Do Nosso Amor, Que Nos Cega e Que Nos Cala, Uma Reunião De Gala, Sentimento Mudo Ensurdecedor, Duas Almas Porcelana, Vestes De Carne,Vestes Vida, Tão Claramente Em Nós Assumida, Num Pavio Esperança Que Nos Ilude e Esgana..."
Achas que é fácil cansarmo-nos de nós mesmos? Pensei nisso agora e...é fácil, não é? Quando o mundo corre sem nos pedir permissão; quando não acontece nada do que queriamos; etc...

"Mais uma dança perdida."

Boa tarde* (respondes?)

Inútil dormir que a dor não passa.

" A certa altura da vida o que nos mata não são as hoas. O que nos mata são as palavras e a ausência de palavras."


No outro dia li algures que só as mulheres de despem assim, em toda a vulnerabilidade, para falar de amor (ou da dolorosa ausência dele), mas não acredito. Nem tu acreditas nisto, não é verdade?


Deixa...pensamentos a velocidade luz.
Hoje acordei sobressaltada por aquela frase que tantas vezes me vem à cabeça "nem sequer olhaste para trás" - queria que ela não tivesse o significado de abandono, ou me dissesse que a violência não existe nos sorrisos falsos, nem nas palavras gastas, que tantas vezes experimentei.

Afinal de contas isto é como a folha branca do caderno, e, apesar dos pensamentos a velocidade luz, não é fácil.

Peço-te, por favor, que continues a escrever sobre o amor, porque eu mal consigo, já.

Imcompleto(João)


"Para de olhar para mim,
se a ti beijar tu não sentes,
no beijo marginal que tu me mentes,
notar eu a rua que me perdi.
Não posso tocar um gesto,
que nas tuas mãos se esguia,
um sentimento em caligrafia,
se levanta o frio de um protesto.
Apague-se os passos sangrentos,
que tropeçam na sombra de um caminho,
arrastam-se esfolados devagarinho,
tão emancipados e isentos..."

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

A lua vai alta e os ruídos lá fora adensam-se.
Fecho a redoma a sete chaves das palavras nocturnas. Escrevo.

[Não sei como sentes a cidade desse lado...mas daqui da janela parece-me algo agressiva. Queres falar comigo até sentir a acalmia da maré a encher?]
O Tic Tac Diário Soa-me Rabujento,Foi Da Mesma Forma Com Que Passeas-te Ao Partir...
Tacteaste No Intervalo Das Lagrimas,Quando Preparavas o Testamento...
Eu Comentava Amor e Tu Cuspias Desistir...