domingo, 22 de abril de 2007

The Fragile*

Tenho que postar isto:

"she shines in a world full of ugliness she matters when everything is meaningless
fragile she doesn't see her beauty she tries to get away sometimes it's just that nothing seems worth saving I can't watch her slip away
I won't let you fall apart
she reads the minds of all the people as they pass her by hoping someone can see if I could fix myseld I'd - but it's too late for me
I wont let you fall apart
we'll find the perfect place to go where we can run and hide
I'll build a wall and we can keep them on the other side...but they keep waiting...and picking...it's something I have to do I was there, too before everyhting else I was like you."

"Life on loops"

Os teus gestos não condizem com o som que sai da tua boca.
A tua violência que me arrastou contra o chão, contra a parede, marcou-me o rosto e o olhar.
O fogo, a praia, a vivacidade, o caos, o mar, a mão. O abraço forte e sem fim. Os corpos entrelaçados, as faíscas, a "primavera de destroços".
O silêncio. O infinito. O desassossego. O sorriso.
A noite. A música. O sentir sem pensar.
Quis beber até ao fim.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Transparência

"De Tudo o Que Olho Diariamente,A Certos Individuos Que Me Suscitam Uma Curiosidade,Não Uma Curiosidade De Uma Conversa Casual,Mas De Certo Modo Da Maneira Como As SuasFeições Se Exprimem,Como As Suas Conversas Se Movem Pelo o Espaço,e Que Eu Absorvo o Seu Movimento Pensando Tristemente Para Mim,Que Esses Individuos Nunca Tocaram a Alma,Que Apenas o São Por Fora,Longe Da Sensação,Longe Da Fisica Do Sentimento,Pois Nada Sofrem,Apenas o São e Vivem Claramente o Nada Que Representa a Vida.Contudo,Os Invejo,Sim,Invejo Porque Tem a Inconsciência De Sentir Sem Dar Por Isso,Nunca Terão a Angustia o Horror,Porque Tudo Isso é Momentâneo,e Momentâneo é NadaUma Transparência Profunda De Quem Apenas Vive Do Lado De fora Sem Dar Por Isso.Pois Eu Vivo No Desassossego De Sentir,De Eu Viver Por Dentro o Que Vejo Nas MinhasFérias De Lá De Fora,Porque Sou Um turista Observador Que Busca Descobrir a CulturaDe Viver Inconsciente..."

domingo, 15 de abril de 2007

Deixemo-nos ficar assim...fazer de conta que pode ser para sempre. Assim, em silêncio, sem pedir mais nada.
Deixemo-nos ficar apenas. Sem medo, sem pressa, sabendo sem sofrer que virá o tempo de um de nós pegar noutra mão que se estenda ao passar.
E eu ainda tonta, sem saber se te pertenço ou a quem por mim passou, ainda de paredes cobertas de retratos envelhecidos de felicidades fugidas, ainda com o passado entrenhado em cada canto, deixo-me ir reticente, sem deixar ainda que me beijes na boca.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Dança perdida

Estive a dançar de olhos fechados o tempo todo.
Pergunto-me o que teremos nós feito aos crepúsculos mágicos que outrora víamos com um brilho no olhar...será que nos deixámos emudecer pela passagem atroz do tempo? E agora trago na garganta um sabor amargo e um som abafado.
Silêncio.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Repito: Porra! As fadas também morrem.
E se morrem é por que as asas se rasgam ou queimam, e elas caem no chão, como estilhaços.
É uma imagem que não me abandona.

domingo, 8 de abril de 2007

sábado, 7 de abril de 2007

Recomeço

"Recomeço a partir de muito pouco,
nesta praia onde a areia, húmida e
sombria, erguida do sono,
se esvai por entre os meus dedos perdidos.
Recomeço a partir de uma única palavra,
de um ínfimo sinal que vi gravado nos
muros da tua cidade em ruínas.
Aí, nessa cal desaparecida,
vi, um dia, um pássaro imóvel, quase vivo,
com os olhos trespassados pela agulhas do
tempo,
inclinar-se e cair sobre as pedras mudas,
e esse pássaro eras tu,
ferida de morte,
afastando as lágrimas em vão."

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Porra!
As fadas também morrem.

"As noites mais puras. As noites em que amei o maior dos meus amores, aquele que nunca foi meu, aquele a quem nunca pertenci porque apenas me entreguei." (I.P.)

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Deambulações mentais

Aaha..chego agora à conclusão que irei passar a vida a tentar interpretar os meus fantasmas. Ou apenas até os encontros e desencontros, ressentimentos e breves euforias se tornarem num caos absurdo e pesado - num desperdício - e que eu não seja mais capaz (serei ainda?)...não deixa de ser um delicioso passatempo.
"Nós não podíamos prescindir um do outro. Não podíamos entrar no infinito jogo finito do corpo.
Derramei sobre a tua vida, por incontornáveis noites, os meus breves amores perfeitos, pormenor a pormenor. E tu derramaste sobre a minha as tua paixões impossíveis, impossíveis de apagar (...)" (I.P.)
Ou terá sido ao contrário? Mas isso pouco importa agora.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

O cenário, a melodia, a luz da vela, a noite lá fora, o vestido preto.
O olhar que levou ao beijo. O beijo que levou à carícia. A carícia que a arrastou para o chão. E de novo o olhar.
Fechou os olhos...levantou-se como se corressem atrás dela. Desceu as escadas a correr, com o olhar turvo e confuso. Parou no último degrau para limpar as lágrimas e não olhou para trás.
Já na rua, num chamado "mau bairro" lisboeta, quis esquecer. Ecoava o "não vás", que aos poucos se tornava ilusório e menos limpído, mas mortal.
Continuou a correr, com o ar frio da madrugada a rasgar-lhe o rosto. O corpo tremia, e ela quis esquecer.
"Porque te escolho, neste sussurro sem retorno?" I.P.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Cicatrizes...e do resto já pouco me lembro.
Sim, aos que perguntam, a culpa é do sumo de uva.
"Tudo Isto Um Gesto,E Mais Que Um Gesto Uma Eternidade..."
"No Dia Em Que Corri o Mundo,Trouxe No Pensamento,a Insónia Do Proprio..."
E eu perguntei "queres cair outra vez?", e ela, lavada em lágrimas, abanou a cabeça em sinal positivo.
Sentada no vão de umas escadas, numa rua escura e sem nome, disse que sim.
E já não era o vinho que falava, era a vontade violenta de abandonar a apatia extrema que a consumia.
O brilho nos olhos não era sinal de acreditar, era a lágrima que queria cair, mas não caía.
E quando lhe deram a mão para ela se levantar daquele vão de escadas, na rua sem nome, ela soube que não iria ter vontade nem força para se deixar ir ou sequer para fazer o gesto de sacudir algo que incomoda.
O "cair outra vez" é já tão mecânico.
"quem me leva os meus fantasmas, quem me salva desta espada."

domingo, 1 de abril de 2007

Quando pensas tu largar-me, sair-me da pele, deixar-me respirar? Dá-me um minuto, que seja, de paz, de sossego, de liberdade. Não me deixes na sombra.
Larga-me!

As tuas promessas foram mentiras e eu agarrei-as como verdades violentas e acreditei e quis...
E agora a corda bamba, a fuga, a queda permanente.
O deixar de acreditar.
Forma-se uma lágrima que o vento leva.
Ouve-se uma melodia que procura a lágrima, que nunca cai.
O silêncio, apenas.
Não há lugar onde possa ir. Não há lugar onde me possa esconder.
Porque todos os lugares que conheci estão agora diferentes.
Vejo-te.
Paisagens, melodias, rostos, cheiros. Vejo-te.
E tenho raiva e quero diluir-me. Ser invisível.
Solidão.
E tudo o que fui...desapareceu contigo. E nem olhaste para trás.
(E não quero que olhes para não veres no que me tornei.)
"O elevador é enorme, lento, um sarcófago de metal (...) que não inculca nenhum artifício de brevidade: pára em todos os andares, entra gente com um repertório que varia entre o silêncio contrito, o falar compungido, o choro sem voz, o susto esfarrapado, o medo de correr riscos, o receio de que aquele elevador, aqueles corredores sejam contagiosos; que o ar esteja infectado, contém um pouco a respiração, desejosos de chegar ao andar térreo, de atingir a rua, de apressar o passo e fugir dali, variando a ordem em que estiverem colocados. Benzem-se."