domingo, 1 de abril de 2007

"O elevador é enorme, lento, um sarcófago de metal (...) que não inculca nenhum artifício de brevidade: pára em todos os andares, entra gente com um repertório que varia entre o silêncio contrito, o falar compungido, o choro sem voz, o susto esfarrapado, o medo de correr riscos, o receio de que aquele elevador, aqueles corredores sejam contagiosos; que o ar esteja infectado, contém um pouco a respiração, desejosos de chegar ao andar térreo, de atingir a rua, de apressar o passo e fugir dali, variando a ordem em que estiverem colocados. Benzem-se."

1 comentário:

Bruno Armindo Macedo disse...

Tenho pena dos que caminham sem ver, repeito pelos que vêm mas q pouco caminham...arrastando as vossas vestes ajudam outros como eu a compreender... que a rua so auxilia os que se recusam a enteder o Mundo